sábado, 5 de dezembro de 2009

O que você está acessando?

Pesquisa aponta que, no Brasil, twitter é mais acessado que Orkut, mas este eganha em número de usuários
Quantas vezes você atualiza seu twitter, postando mensagens ou para checar os updates de seus followings? Quantas vezes você abre uma nova página do Orkut, verificando novos recados, ou acessando comunidades e páginas de amigos?
Se você tiver o perfil dos mais de 1200 internautas entrevistados para o estudo da E.Life em parceria com a Inpress Porter Novelli a sua resposta dever bem maior para a primeira pergunta. A pesquisa apontou que a freqüência que os usuários acessam o twitter é duas vezes maior que a do Orkut. O estudo mostrou, que a média freqüência de acesso ao twitter é de sete dias por semana, enquanto, ao Orkut, fica entre 2 e 4 vezes semanais. Mas, entre os internautas pesquisados, 90% tinham Orkut, mas só 80% tinham twitter.
O significado desses resultados se relaciona com dois aspectos: a função das duas redes é diferente e a popularização do Twitter é recente. O twitter exige atualização em tempo real, e, já por isso, exige maior freqüência de acesso. Enquanto o Orkut, usado como rede de amigos, tem duas funções básicas, a troca de mensagens entre amigos e a troca de informações nas comunidades, de forma geral, nenhuma dessas duas é gravemente prejudicada com um acesso irregular.
O fato do Twitter ser um site de popularização recente no Brasil explica tanto os acessos como o número de usuários. O site ainda conserva um ar de novidade e exclusividade que mantém os usuários ativos, mas como ainda não alcançou o nível de popularidade do Orkut, não conseguiu alcançá-lo em número de usuários.
Outro fato relevante na explicação do estudo é a mudança do comportamento da sociedade, que passou a necessitar de informação mais rápida e de comunicação mais concisa. As duas necessidades são supridas pelo site, que limita em 140 caracteres a mensagem que você vai passar e a que vai receber.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Venda de videogames cai, enquanto downloads aumentam

Preço e praticidade incentivam os usuários, Sony faz lançamento que só disponibiliza jogos via download
Com a recessão, o número de jogos de computador e videogame vendidos diminuiu, mas, em contrapartida, cresceu o número de downloads. Nos Estados Unidos, a venda de videogames caiu 14% nos primeiros 8 meses de 2009, de acordo com nos primeiros oito meses de 2009, de acordo com o NPD Group, mas o número de jogos disponíveis vem aumentando exponencialmente.
A explicação é que os jogos vendidos por download são bem mais baratos que as opções “físicas” que utilizam uma mídia, um CD por exemplo, além, é claro, da praticidade e facilidade oferecidas pelo download. O novo PSP (Play Station Portable), o PSPgo elimina o UMD (Universal Media Disc), ou seja, em vez de comprar seus jogos em minidiscos com proteção de plástico, o usuário compra o download de um jogo, como Soulcalibur, ou um minigame, como o “Sudoku”, da Electronic Arts.
A alternativa dos downloads mantém o setor um pouco mais seguro, mas sem que se desvie a atenção para um dos perigos, o iPod Touch. Apesar da qualidade dos jogos do aparelho ser inferior, e o preço mais alto que os consoles portáteis, a tendência é que o usuário veja uma vantagem de custo na escolha pela proposta que o aparelho oferece.
Paralelamente ao incentivo da compra dos downloads pelas empresas, está a utilização de downloads gratuitos pelos usuários há vários anos. No Orkut, há quatro comunidades relacionadas ao tema  com mais de 30 mil participantes em cada uma delas. O gamer Heraldo Soares explica a economia. “Jogos originais custam por volta dos R$100 reais, então baixar o jogo, por mais trabalhoso e demorado que seja, compensa.”
Heraldo alerta que há jogos vendidos como originais, mas que, na realidade, são falsos bem produzidos. “São mais baratos, com capa e encarte semelhante aos originais.” Comenta. Outro problema dos downloads, em relação aos jogos originais, é os problemas que podem acontecer na instalação e a disseminação de vírus. “Precisamos ver se o download é seguro, e não baixar de qualquer lugar.”

sábado, 17 de outubro de 2009

Internet se torna ferramenta de incentivo à leitura

Redes sociais, fóruns de discussão e sites que promovem a troca de livros estão entre as formas de estímulo a leitura.

O lançamento do site do Plano Nacional do Livro e Leitura é apenas um dos usos da internet feito para promover a leitura. Fórum e sites são há muito tempo uma ferramenta de discussão e indicação de leitura. As editoras, percebendo a necessidade de estarem presente na internet, passaram a usá-la a seu favor divulgando seus lançamentos, publicando trechos de livros para estimular a compra, e lançando sites dedicados a autores consagrados, como Clarice Lispector e o Carlos Drummond de Andrade.


A estudante de 16 anos, Poliana Carvalho, de Porto Velho (RO) participa do fórum Galera Record, dedicado ao selo jovem da editora. Poliana se cadastrou no fórum em agosto de 2007, no mês seguinte a criação do site Galera Record e através dele, além de aumentar o gosto pela leitura, conheceu outras pessoas que compartilhavam do mesmo hábito, e  criou, junto com outras amigas do fórum o site Diários do Vampiro dedicado ao livro e seriado homônimos.  Apesar de toda essa conexão com a internet, Poliana prefere estar com o livro em mãos. “Pode-se ler em qualquer lugar com eles!” Ela evita ler na internet por “ser injusto com os autores”.
Acervo de Fernanda Xavier


Fernanda conheceu Meg Cabot, uma de suas autoras favoritas


Outra freqüentadora do site da GR (como as participantes chamam o site e o fórum da Galera Record) é Talita Jinkings Araujo, de 17 anos, de Teresópolis (RJ), que acredita que a Internet é uma forma de incentivo a leitura. “Já aconteceu muitas vezes comigo. Ao ler trechos de um livro, achei interessante e acabei lendo o livro. Não só em sites de autores, mas também em blogs pessoais, quando as pessoas ao leem o livro e fazem uma crítica bem elaborada, como o Lost in ChickLit

Nathália Nascimento, de 15 anos, de Olinda (PE) revela que a maior parte do tempo que passa na internet é fazendo algo relacionado a leitura. “A melhor parte da internet é poder encontrar e conversar com outras pessoas que, assim como eu, amam ler.” A garota também participa do Fórum da GR e do site Diários do Vampiro, e, através de indicações, conheceu a saga “Crepúsculo” da qual hoje é fã. “Hoje em dia sou até coordenadora do fã-clube Pernambucano da série, o Forksteam

A estudante de Brasília, Fernanda Xavier, de 18 anos, conta que um dos papéis da internet foi o incentivo a leitura através de indicações. “Sempre que postavam sobre algum livro legal eu tinha vontade de ler e acabava lendo mesmo.” Ela também aponta o fórum da GR como um lugar em que fez amigas de todo o país. “Várias das meninas da "GR" se encontraram durante a Bienal do Rio esse ano para conhecer a Meg Cabot”
Acervo Larissa Soares


Internet e leitura tem bastante a ver para Larissa, mas ela prefere ler um livro "com cheiro"

“As pessoas lêem muito pela internet. Tenho um amigo que prefere ler pelo computador, e só lê assim.” conta Larissa Soares, de 15 anos, também de Brasília. Mas a garota, pessoalmente, prefere os livros de papel que não podem ser substituídos por não há “laptop, kindle, nem spray com aroma de livro”. Larissa costuma consultar o site Barnes and Noble para ler resenha e indicações.

Outro site que costuma ser usado pelos leitores é o Skoob que é uma rede social voltada à leitura. Ao montar seu perfil, o leitor adiciona a sua estante os livros que tem, que já leu, e informa também aqueles que gostaria de ler e que aceitaria trocar. É possível avaliar os livros e fazer resenhas, além de ter uma seção para adicionar os livros que “abandonou”, ou seja, desistiu de ler. O livreiro, lançado na FLIP de 2009, tem uma proposta parecida. A leitora Lilian Maia, de 27 anos, indica o site Trocando Livros já que gosta de passar pra frente os livros que não pretende reler.

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Portal Domínio Público disponibiliza para leitura mais de 100 mil obras

As obras não estão mais protegidas pelos direitos autorais

O estímulo a leitura esbarra em um obstáculo importante: o direito autoral. De acordo com a lei 9610 de 1998, as obras literárias e científicas, assim como outros tipos de obras, são protegidas por direitos autorais, ou seja, não podem ser reproduzidas sem a autorização do autor. O mesmo vale para as adaptações e traduções da obra original. A situação só é alterada se os direitos da obra entrarem em domínio público. A lei é semelhante em diversos países e um tratado internacional, a Convenção de Berna regula isso.

O Professor da UNESP Carlo José Napolitano, mestrado em Direito, explica que uma obra entra em domínio público por determinação do autor, após sua morte quando não tem herdeiros, ou, no caso do Brasil, 70 anos após sua morte contados a partir de 1º de janeiro do ano seguinte. “Os direitos autorais podem ser comercializados como outro patrimônio qualquer. Nesse sentido, pode ser doado ou vendido a terceiros. Lembre-se do caso dos direitos autorais dos Beatles que eram de propriedade do Michael Jackson.”

O governo brasileiro desenvolveu em novembro de 2004 o portal Domínio Público em que disponibiliza para download livros nacionais e estrangeiros que não estão mais submetidos aos direitos autorais. A apresentação do site divulga que quando o portal foi lançado contava com 500 obras, hoje possui mais de 100 mil obras, não só em forma de texto, mas também imagens, sons e vídeos. O livro mais acessado, com cerca de 960 mil acessos, é a Divina Comédia, de Dante Alighieri. Entre as 50 obras mais lidas, estão 13 de William Shakespeare, dez de Machado de Assim e nove de Fernando Pessoa.

Paralelamente, a comunidade no Orkut Livros para Download reúne mais de 100 mil membros em torno da divulgação de livros, troca de indicações e de links para downloads de obras de diversos autores, protegidos ou não por direitos autorais. O professor explica que a lei também protege as obras da digitalização não-autorizada.

Outra prática comum de infração seria a reprodução de livros acadêmicos indicados pelos docentes para o estudo dos alunos. Com a aplicação mais intensa da lei, algumas faculdades e universidades vem buscando como alternativa, a utilização de um único livro, ou de trechos e artigos disponíveis na internet sem a submissão aos direitos autorais.

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Bibliotecas devem ser ambientes confortáveis e convidativos

A pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, realizada em 2007, revela que 12% dos considerados leitores – que leram ao menos um livro nos últimos 3 meses – utilizam a biblioteca (pública, do trabalho, ou da escola/universidade) para leitura, ela é uma das fontes de livros de 34% dos leitores, e um em cada quatro estudantes não freqüentam bibliotecas públicas.

As bibliotecas são um dos alvos do governo para promover a leitura instalando bibliotecas nos 361 municípios que ainda não possuem uma. O objetivo é que esse número seja zerado até o fim do ano. Cada uma das cidades deve oferece um lugar para que seja instalada a biblioteca e recebe 2 mil títulos selecionados por profissionais, estantes, computador, mesas para leitura, DVD, TV, entre outros itens.
Barry Willis

 Ler para as crianças incentiva o hábito


Nos planos do governo não está só a instalação de bibliotecas nas cidades que não possuem, mas também, a modernização de bibliotecas existentes. O ambiente da biblioteca é uma arma importante para incentivar a leitura, como explica a Prof. Helen de Castro Silva, coordenadora do curso de Biblioteconomia da UNESP por 3 anos, “A biblioteca deve ser um lugar agradável, convidativo, e que dê prazer em estar ali. Seu acervo deve ser bem cuidado, conservado e atualizado.”

Acervo de Nathalia Nascimento


A estudante Nathalia Nascimento tem sua mini-bilioteca dentro do quarto
 
A professora também destaca que o acervo precisa atender às expectativas do usuário, oferecendo livros de temas variados, incluindo obras de ficção e de curiosidades. Além disso, bibliotecas que abrangem o público infantil como público-alvo devem ter profissionais dinâmicos, que promovam atividades que chamem as crianças para a biblioteca, além de possuírem CDs e fantoches para atrair a atenção.



“Pais leitores acabam influenciando os filhos também.” Declarou Maith Martins de Oliveira, bibliotecária supervisora da Seção Técnica de Referência, Atendimento ao Usuário e Documentação da UNESP de Bauru (STRAUD). Para ela, há várias formas de incentivar a criança a ler. “a família deve manter a criança em contato com os livros desde cedo.” Quanto ao formato da biblioteca, Maith explica que por ser uma biblioteca universitária, o foco está nos livros voltados a esse público. “Estamos com um projeto de formação de mediadores de leitura. Além disso, estamos procurando revitalizar aos poucos o acervo na área de literatura.”

O Prof. João Batista Neto Chamadoira, doutorado em Lingüística e Língua Portuguesa pela UNESP, acredita que a biblioteca pode ser um ponto de encontro de crianças e jovens.  “As bibliotecas podem ser o lugar de convergência do jovem. Se houvesse por parte da prefeitura, governo estadual, mais estímulos, como concursos de literatura, concursos que estimulem as crianças e jovens a lerem, a biblioteca poderia estar ocupando um espaço muito importante na vida social.” Quanto às ações do governo para estimular a leitura, Chamadoira observa que há incentivo, mas que é necessário maior dinamismo. O professor também cita o problema notado por Gilberto Dimenstein: “É absurdo as bibliotecas fechadas no domingo.”



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Projetos do Governo e Fundos Públicos buscam a promoção da leitura

Governo lança portal para ampliar divulgação de projeto e Fundo Pró-Leitura é destinado a formação de bibliotecários e voluntários no incentivo a leitura

Monteiro Lobato declarou que “Um país se faz de homens e livros.” O escritor é apontado como o autor mais admirado pelos leitores na última pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil” realizada em 2007. A mesma pesquisa apontou que 55% dos brasileiros são leitores, ou seja, leram, pelo menos, um livro, didático ou não, nos últimos três meses. A leitura é associada ao conhecimento por 26% dos brasileiros, o que significa que seu valor, apesar de não ser refletido no hábito da leitura, é reconhecido pela população.
Com o objetivo de incentivar e promover a leitura, representantes dos governos federal, estadual e municipal, da sociedade civil e do setor produtivo se reuniram em Brasília, no dia 7 de outubro, para o Fórum Nacional Mais Livro e Mais Leitura nos Estados e Municípios, que lançou o projeto A Leitura e o Livro nos Planos Municipais e Estaduais (PMLL e PELL). Na ocasião, foi exibido aos participantes o projeto de um novo portal na Internet, intitulado Mais Livro e Mais Leitura (http://www.pnll.gov.br/), que foi inaugurado no dia 15 de outubro. O fundo Pró-leitura é outra ação relacionado ao incentivo à leitura.
A proposta de criação do fundo começou a ser discutida quando o governo dispensou a cadeia produtiva de livros de pagar PIS e Cofins. A desoneração pretendia reduzir os preços dos livros e, indiretamente, aumentar a compra de livros. O fundo seria composto de 1% do valor arrecadado pelo setor, sendo destinado a financiar políticas públicas na área da leitura e das bibliotecas, como, por exemplo, a formação de bibliotecários e voluntários que agem pela multiplicação da leitura.




A formação do fundo, apesar de ter o apoio de instituições ligadas aos produtores de livros, gera críticas baseadas na redução do lucro de empresas ligadas a distribuição, que já apresentam lucro reduzido, e no provável aumento do preço dos livros, provocado pela necessidade de direcionar 1% da arrecadação ao projeto. No entanto, a postura do governo merece mais destaque. Em três anos, pouco foi feito para planejar e gerir o fundo. Além disso, mais do que a preocupação em arrecadar para fornecer espaços e livros, é importante a conscientização da importância do hábito da leitura.
A estudante do Ensino Médio Caroline Abreu, de 17 anos, contraria os dados da pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, que aponta uma porcentagem maior de leitores quanto maior for o nível de renda, a escolaridade e que, em casas onde há um professor, a leitura é 15% mais apontada como hobby do que nas outras residências. Caroline é filha de professora, tem livros em casa e condições de comprar livros de seu interesse mas afirma preferir filmes a livros. “A leitura é algo que leva o leitor a imaginar sua própria cena. Gosto de coisas concretas, em que possa avaliar o bom e o ruim.” Também não é capaz de imaginar uma alteração nos livros que mudasse sua postura. “Livro é livro, existem as pessoas que gostam e as que não gostam”.
Bruno Serrano, 17 anos, estudante do ensino médio, tem um perfil semelhante ao de Caroline, contrariando a pesquisa. Bruno explica que a leitura de livros lhe provoca dor de cabeça, e não despertar seu interesse, mas costuma ler notícias pela internet, por causa do tempo. O estudante o papel da leitura nas escolas poderia ser mudado para promover um incentivo diferente a leitura. “Nas escolas os livros são lidos como obrigação, e não por lazer.”
A estudante Nathalia Ambrósio, de 18 anos, prefere ler um livro a ver um filme, e só não o faz mais por falta de tempo, e pelo preço dos livros. “Quem me estimulou a ler foi minha mãe que sempre comprava gibis para mim quando eu era pequena e depois me dava de presente os livros que eu queria.” Fora os livros necessários para o estudo (Nathalia faz curso pré-vestibular), a estudante lê, no mínimo, 4 livros por ano, a maioria de ficção, com temas românticos.

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Laptop mais leve e mais fino que um livro

Se o livro “O Código da Vinci” fosse um notebook, teria uma tela de 11 polegadas, pesaria cerca de 700 gramas e fechado, teria 2,2 centímetros de altura.
O notebook que a multinacional japonesa Sony lança esse mês...
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sábado, 10 de outubro de 2009

Ancestral mais antigo do homem se aproxima do “elo perdido”

Ardi, “apelido” da fêmea de Ardipithecus ramidus, passa a ser o mais antigo fóssil completo de um ancestral do homem. Os primeiros fósseis de Ardi foram encontrados em 1994, no deserto de Afar, Etiópia, entretanto a condição dos fragmentos encontrados era bastante frágil, o que explica a demora na publicação dos resultados.

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domingo, 4 de outubro de 2009

Cérebro humano artificial será possível em dez anos

O projeto “Blue Brain”, desenvolvido na Escola Federal Politécnica de Lausanne, na Suiça, pelo pesquisador sul-africano Henry Markram alcançou um nível que permitiu aos cientistas afirmarem que não é mais impossível construir um cérebro humano. “Alcançaremos isso em 10 anos!” afirmou Markram.
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sábado, 15 de agosto de 2009

Raridades são encontradas por preços altos

A maior coleção de discos do mundo, que apresenta 3 milhões de LPs e 300 mil compactos, incluindo um disco fabricado em 1881, está a venda. Por enquanto o dono dessa coleção é o americano Paul Mawhinney e antes que alguém decida pagar alguns milhões de dólares pela coleção, o diretor de cinema Sean Dunne gravou um documentário em curta-metragem sobre a coleção de Mawhinney chamado The Archive. Paul Mawhinney não encontrou um comprador, apesar do preço de venda estar abaixo do valor que a coleção teria.

Arquivo de César Guisser

Disco "Não fale com as paredes" da banda Módulo 1000, um dos mais raros aqui no Brasil

No site dedicado a coleção, são apresentadas as principais características da coleção, além de haver uma explicação sobre a venda. Uma seção do site é dedicada a explicar a importância da coleção, que é comparada a documentos históricos, além de defender a superioridade da preservação material sobre a preservação digital. No encerramento da importância da coleção, é dito: “Se você começasse a ouvir as músicas dessa coleção no momento em que você nasceu, e ouvisse em todo minute de cada dia, no momemento em que você terminasse, você teria 57 anos de idade. É muita música. E é muita história.”

Quem não pode comprar essa coleção, tem seus tesouros ou desejos. Edições limitadas ou muito antigas acabam tornando alguns discos verdadeiras preciosidades. O colecionador Cesar Guisser tem o disco “Não fale com as paredes” da banda Módulo 1000, e gostaria de encontrar, entre outros, “Louco por Você”, o primeiro do Roberto Carlos, "Paêbirú" de Zé Ramalho e Lula Côrtes, e Yesterday and Today, dos Beatles, apelidado de Butcher por causa da capa com que foi lançado em que eles apareciam com bonecas sem cabeça e pedaços de carne. O colecionador Pedro Provazzi, que também gostaria de ter “Louco por você”, já o encontrou a venda por R$2500,00.

O “Butcher” e “Paêbirú” são apontados por Carlos Suarez, proprietário da loja Big Papa, no centro de São Paulo, como muito raros, “as perolas que o colecionador daria qualquer coisa pra ter em seu acervo”. “Paêbiru” também foi citado por Márcio Moraes, dono da ArtRock, como um dos lps “que são raros e caríssimos em todos os lugares”. Uma possível explicação para a raridade desses LPs é a pouca quantidade de cópias existentes. A versão de “Yesterday e Today” com a capa sangrenta foi vetada pouco depois de lançada, e 1200 cópias de Paêbirú foram atingias por uma enchente assim como a fita máster. Paêbiru foi relançado em CD e LP na Europa, mas não no Brasil, cada uma das 300 cópias que sobraram são avaliadas em R$4000.


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Blog e feira reúnem colecionadores

Os amantes da versão antiga do mp3 se reúnem na Feira Livre de Vinil

No filme “Se eu fosse você 2”, Helena (Glória Pires), numa discussão com o marido Cláudio (Tony Ramos) vai até a estante e pega o LP “White Álbum” dos Beatles. Diante do mais sutil perigo para o disco, Cláudio assume posição defensiva em relação ao refém, que é quebrado e pisoteado por Helena. O amor por seus discos é o que os colecionadores de discos tem em comum.

O colecionador Ricardo Seelig comenta que há colecionadores de todas as idades e gostos musicais “temos perfis parecidos, somos compulsivos, extremamente cuidadosos com nossos discos, sentimos vontade de pesquisar em lojas, e não emprestamos nossos itens.” Ricardo não chega a possuir 30 discos vinil da coleção que ultrapassou mil e quinhentos vinis e começou com Thriller, de Michael Jackson, que está presente em sua coleção de cerca de 1200 CDs e é escutado regularmente.

Apesar de considerar os CDs mais práticos e com qualidade de áudio superior aos LPs que eram produzidos no Brasil, ele vê vantagens no bolachão, “considero os LPs muito mais charmosos” afirma e também sente falta de seus antigos LPs “de vez em quando sinto uma saudade de ter de volta aqueles vinis clássicos”. Além de seus CDs e LPs, uma estante que toma uma parede inteira de seu apartamento também abriga cerca de 200 DVDs e revistas relacionadas à música.

O amor à música e aos discos é evidente no blog Collector’s Room que nasceu em outubro de 2008, a partir de uma idéia surgida na comunidade no Orkut, que foi criada por causa da contribuição que Ricardo faz ao site Whiplash, em que realizou 55 entrevistas a colecionadores de discos. As postagens do blog, feitas não só por Ricardo, mas também por jornalistas e colecionadores, tratam de músicas, bandas consagradas ou menos conhecidas, discos específicos, e é claro, apresentam coleções de discos. “Hoje já somos mais de vinte pessoas produzindo material para a Collector´s Room, o que me deixa extremamente satisfeito.”

Acervo César Guisser

O colecionador César Guisser exibe a sua coleção na Feira Livre de Vinil

Outra forma de reunião de colecionadores é a Feira Livre do Vinil de Santo André, região metropolitana de São Paulo. A primeira edição da feira aconteceu em junho de 2004 e procurava juntar aficionados em vinil num evento em que pudessem vender, comprar e trocar vinis, além de conversar sobre o assunto com outros apaixonados. A Feira é uma das poucas especializadas em vinil a atingir a regularidade mensal. Além de vinis, podem ser expostos fitas VHS seladas, fitas k7 originais, equipamentos, livros e revistas relacionadas ao vinil. CDs e DVDs não podem ser vendidos.

Arquivo César Guisser

A Feira reúne diversas pessoas interessadas em idolatrar os "bolachões"

Um dos organizadores da Feira, César Guisser, afirma que os freqüentadores tem um perfil variado “O público é variado homens e mulheres de 15 a 85 anos. Lojistas, colecionadores, juntadores.” Pedro Provazzi, que tamém organiza o evento, explica: “Todos podem vender, comprar ou trocar, porém temos a base de 30 expositores que vendem mais que compram.” Através do blog da Feira é possível acompanhar a data e o local das próximas edições.

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Colecionadores de vinil defendem qualidade superior

“Tanta informação e material são impossíveis de caber num CD por questões de espaço”, defende Cutrim.

Os discos de vinil protagonizam uma ascensão recente e uma expressão disso é a recorrência do tema nos meios de comunicação, além de mais artistas lançando seus álbuns em vinil e comunidades do site de relacionamentos Orkut com tópicos freqüentes e membros que nasceram depois do CD. O site da MTV, por exemplo, lançou um blog dedicado aos “bolachões”, o Viva o Vinil, que traz, além de postagens do jornalista Daniel Vaughan, curiosidades sobre o vinil, colecionadores, e endereços de sebos em que se pode encontrar discos e vinil.

Márcio Moraes, proprietário da ArtRock, loja de discos da Galeria Nova Barão, no Centro de São Paulo, observa um crescimento na busca por discos de vinil, mas destaca que isso não ocorre em todos os gêneros, os lançamentos concentram-se nos discos de Rock e MPB. “Na Europa e Estados Unidos isso é muito comum. Qualquer banda lança”. Além da Europa e dos Estados Unidos, o Japão é outro país que não fez como o Brasil, que trocou os LPs pelos CDs. Nesses países, a fabricação de discos de vinil, e os lançamentos deles junto com os CDs é comum. Como o vinil conquista tantos adeptos na era do mp3?

Acervo de Joaquim Cutrim

Joaquim Cutrim é um dos fanáticos por vinis e pesquisa o assunto há cinco anos


O colecionador de discos Joaquim Cutrim explica que os discos de vinil unem vários atrativos artísticos além da qualidade sonora. Os discos de vinil podem trazer fotografias do artista, na capa, ou a parte, arte gráfica na capa, ou no próprio disco, e até literatura, quando declarações, críticas, informações culturais, e a história do artista estão presentes. “Tanta informação e material são impossíveis de caber num CD por questões de espaço”.

Ele defende que a qualidade da música gravada no vinil é superior a do CD por ser analógica, assim como a percepção do ouvido humano. “O som que é registrado mecanicamente em forma de sulcos dentro de um LP é exatamente o espelho do som real tocado pela banda no momento da gravação”. Joaquim conta que quando o CD surgiu, ele acreditava que sua qualidade seria superior à do Vinil, “tanto que desfiz-me de 60% da minha coleção”, comenta. Ao notar os defeitos do CD, ele sentiu-se traído, e criou o blog Vinil na Veia para defender as vantagens dos vinis.


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O retorno do vinil

Reativação de fábrica brasileira de discos vinil levanta discussões sobre o sucesso entre colecionadores


Enquanto os músicos tentam conquistar mais fãs disponibilizando seus álbuns para a venda em mp3, alguns apreciadores de música seguem um rumo oposto cultivando sua coleção de discos de vinil.

A reativação da fábrica brasileira de discos de vinil Polysom pode colaborar com esses audiófilos. A fábrica, que fica em Belford Roxo, no Rio de Janeiro, estava parada desde outubro de 2008 e voltou à atividade no início desde ano ao ser comprada pelo presidente da gravadora independente DeckDisco, João Antônio. A fábrica está sendo reformada desde maio e, as etapas da reforma podem ser acompanhadas através de sua página no twitter. O papel que a reativação da Polysom vai ter nessa “nova onda” do vinil divide opiniões.


O advogado colecionador de discos de vinil Joaquim Cutrim, que possui cerca de 700 discos, acredita que João Antonio se dedicará a reforçar a volta do vinil, mas não vê os discos de vinil se tornarem popular mais novamente. “De início, não somente colecionadores, como aqueles pertencentes à classe média e alta, além de muitos cantores, serão os principais fregueses da volta do vinil.”. Ele explica que para aproveitar a qualidade som que o vinil oferece são necessários amor à música e um bom toca-disco. Ele afirma que o vinil “será uma opção mais cara por fidelidade, qualidade fotográfica e durabilidade indeterminada.”

Acervo de Pedro Provazzi

Provazzi vê a Feira como uma excelente maneira de trocar informações
 


O publicitário editor do blog Collector’s Room Ricardo Seelig acha que a atuação da Polysom no retorno do vinil vai depender dos títulos que serão relançados. “Se fizerem como a Sony, que relançou alguns LPs a 80 reais em álbuns que são encontrados, com extrema facilidade, a um real em sebos, a coisa fica realmente difícil.” A qualidade dos discos é outro fator determinante. Com o surgimento do CD, Ricardo se desfez dos quase dois mil discos de vinil que possuía, tendo substituído quase totalmente sua antiga coleção por versões em CD.
Acervo César Guisser

César Guisser, um dos organizadores da Feira

A principal forma de aquisição dos discos no Brasil é através de sebos, e feiras de antiguidade, por exemplo, ou especializadas em Discos de Vinil, como a Feira Livre do Vinil, que acontece desde 2004 em Santo André com freqüência mensal. Sobre o que leva um colecionador a vender seus discos, Pedro Provazzi, um dos organizadores da Feira, cita que “Muitos não têm mais o equipamento para tocar, ou ele está quebrado, geralmente nós desestimulamos e informamos um local para conserto, ou há vendas quando os discos eram de alguém que faleceu.” De acordo com César Guisser, que também organiza a Feira, os colecionadores de discos que põem parte de sua coleção a venda têm álbuns repetidos, não têm mais espaço em casa, ou precisam de dinheiro.


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segunda-feira, 6 de julho de 2009

A segunda revolução hormonal

Queda da fertilidade e excesso de calor afetam a vida das mulheres que passam pelo climatério

Posteriormente à menarca, a menopausa - que identifica a última menstruação - é o marco mais importante na vida de uma mulher, mas os transtornos começam bem antes e se estendem bem depois da menopausa, no período que é chamado de climatério.

O climatério começa com a queda da fertilidade da mulher, que costuma ocorrer pouco depois dos 35 anos e vai até o início da chamada terceira idade. Entre os sintomas que se manifestam estão alguns semelhantes a uma Tensão Pré-Menstrual (TPM) mais intensa, além de ondas de calor, dificuldade para dormir, irregularidade no ciclo menstrual e transpiração em excesso.

“Nos homens, a transição acontece de forma bem mais lenta", explica o urologista Adriano Cardoso Pinto em reportagem da revista Saúde. Isso é explicado pelo fato da espermatogênese – produção dos espermatozóides – ocorrer constantemente. As mulheres, ao contrário, já nascem com uma quantia determinada de folículos que originarão os óvulos, e com o passar do tempo, além de parte desses folículos morrerem, outra parte envelhece, não originando bons óvulos.

Thomas Northcut


A menopausa não deve mais signifcar um fim, mas o começo de outra etapa

A assistente de vendas Fátima Vicentin, 48 anos, conhece o que é viver o climatério. Por causa do estresse, surgido em seu corpo pelo tratamento contra um câncer de mama enfrentado aos 38 anos, Fátima teve sua última menstruação precocemente, entre os 42 e os 43 anos. Ela conta que todos os sintomas são incômodos, mas o que mais a irritava na época eram as ondas de calor e suor. “Às vezes eu estava conversando no trabalho e começava a suar abundantemente. Eu não sabia o que fazer na frente de estranhos.”

Não são somente sintomas físicos que a menopausa provoca, mas também depressão e irritabilidade estão entre as críticas das pacientes. Fátima conta que a queda drástica da fertilidade a deprimiu. Os planos de um segundo filho adiados pelo tratamento contra o câncer foram impossibilitados pela menopausa. “Foi muito difícil quando percebi a queda da fertilidade, a impossibilidade de poder gerar outro filho.”

Além disso, as mulheres percebem uma alteração intensa do corpo, que muda de forma, passando a acumular gordura na cintura. “Meu oncologista fala que antes da menopausa o corpo feminino é violão e, depois, pêra”, comenta Fátima.

Outro mal provocado pelo climatério é a osteoporose, que é agravada pela baixa na produção de estrógeno, responsável pela fixação de cálcio nos ossos. Para amenizar os problemas provocados pelo climatério, alguns ginecologistas indicam a reposição hormonal, que varia de acordo com o organismo da mulher, mas que em algumas não surte efeito. O ideal é que se faça um acompanhamento médico antes do início do climatério. Assim, o ginecologista pode indicar a melhor alimentação para manter constante o humor e, principalmente, para evitar os males e incômodos mais recorrentes.

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Adulta cada vez mais cedo

Meninas e mães têm dificuldade em lidar com a primeira menstruação mesmo nos tempos de hoje

O corpo feminino chama a atenção por ser movido a hormônios. Na fase fértil, que acontece na teoria, da primeira a última menstruação, mensalmente o corpo se prepara para uma gravidez. É pouco antes da primeira menstruação e pouco depois dela que há uma explosão hormonal que transforma o corpo da menina no corpo de mulher. E hoje a tendência entre as meninas é que a menarca – como é chamada a primeira menstruação – ocorra cada vez mais cedo.

Essa antecipação relaciona-se com o funcionamento precoce de glândulas responsáveis pela secreção e hormônios. O motivo da precocidade ainda não foi definitivamente determinado. As hipóteses circulam entre a diferença na alimentação, a ingestão de conservantes com efeitos hormonais e uma possível ingestão de hormônio animal presente nas carnes, e até mesmo na água, como observam os ginecologistas Zsuzsanna Di Bella e Felipe Lazar em reportagem da UOL.

Os problemas que o adiantamento da menarca podem trazer são tanto físicos, como baixa estatura e gravidez precoce, como psicológicos: a menina pode não entender o que acontece com seu corpo.

A assistente de vendas Fátima Vicentin, de 48 anos, compreende a confusão que pode ser a primeira menstruação de uma garota. Ela tinha 15 anos, mas considerava-se uma menina e se sentiu traída com aquela mudança em seu corpo. “Ter 15 anos naquela época não é o mesmo que ter 15 anos hoje e nem o que era ter 15 anos há 10 anos. Eu precisaria ter uma rotina diferente, uma postura diferente”, declara Fátima.

É essa a nova rotina que meninas de 10 anos enfrentam hoje. Para tornar a vida dessas “mocinhas” mais fácil, o papel dos pais é importante. Eles devem ser vistos como uma fonte confiável de informações que estará disposta a tirar as dúvidas que surgirem. Explicar o porquê de ocorrerem mudanças no corpo é uma das maneiras de mostrar que a mudança é natural. Ainda hoje as explicações só ocorrem na escola e entre amigas. Fátima diz que sua mãe não falou no assunto antes e, depois, o máximo que fez foi explicar os aspectos práticos, como a utilização do absorvente.


Nathan Blaney


A estudante Lívia*, de 17 anos, conta que a informação que tinha ao ficar menstruada pela primeira vez veio das aulas que teve na 4ª série sobre corpo humano. Sua menarca aconteceu aos 12 anos. “Eu me senti bem, porque todas as minhas amigas já tinham menstruado.” A estudante Caroline Abreu, de 16 anos, é do clube das insatisfeitas com a menstruação. “Não queria de jeito nenhum que isso acontecesse”, afirma Caroline. A garota menstruou pela primeira vez aos 14 anos e foi a última entre suas amigas. Ela sabia o que estava acontecendo com seu corpo, mas acreditava que muito em sua vida seria mudado. “Era como se eu tivesse que arcar com responsabilidades que antes não tinha.”

Quando perguntada sobre a precocidade que vem ocorrendo, Lívia acredita que, se as meninas menstruassem mais tarde, aproveitariam mais a infância, mas, se tivesse uma filha, e pudesse conter o adiantamento da menarca dela através de medicamentos, não o faria por achar que tudo deve ocorrer como o corpo manda. Caroline e Fátima concordam que, se tivessem uma filha, e soubessem que ela vivenciaria a menarca antes de uma maturidade psicológica, recorreriam a um adiamento se tivessem garantias que isso não prejudicaria o organismo da menina.

* O nome Lívia é fictício.


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quarta-feira, 10 de junho de 2009

A diferença entre os chás não se restringe às cores

Os chás divergem quanto ao processo de fermentação e método de secagem, além do teor da cafeína



Dieta do chá verde, dieta do chá branco, dieta do chá vermelho... Olhando as revistas de qualquer banca não faltam capas de revista indicando dietas, e nem o chá ideal para cada tipo de regime. A fitoterapia, o uso de ervas e chás, é antiga e sua origem está ligada especialmente as culturas milenares asiáticas. No entanto, ainda há muitos conhecimentos que envolvem sua utilização e que não foram compartilhados e disseminados.

Nos cursos universitários de Farmácia há uma crescente preocupação no estudo da fitoterapia, além de haver iniciativas de projetos de extensão e cursos complementares na área.

O professor Fernando Neves explica que na grade curricular já há "duas disciplinas específicas na área de fitoterapia: farmacognosia e farmacobotânica, nas quais o aluno tem contato com as metodologias de análise e identificação de espécies vegetais de interesse medicinal, além de métodos de preparo, extração e purificação dos principais constituintes ativos das plantas”.

Além disso, há uma preocupação em se ressaltar a importância farmacológica do uso de plantas medicinais, tanto o uso terapêutico como o uso irracional. De acordo com Neves, há um projeto de se abrir na USC um curso de fitoterapia, contemplando o estudo farmacobotânico de plantas medicinais, os métodos de obtenção e preparação de extratos vegetais, o controle de qualidade de plantas medicinais e aspectos farmacológicos do uso de fitoterápicos.

Dietas dos chás

Na busca pelo emagrecimento, a diferença entre os chás não recebe muita atenção, e muitas pessoas chegam a pensar que somente a cor os diferencia. Camellia sinensis é o nome científico dos conhecidos chás verdes, chás brancos, chás vermelhos, chás pretos e banchás.

Camila Fernandes

A diferença está na constituição que recebem, na influência das partes utilizadas na produção do chá, no grau de fermentação e até no método de secagem. Os chás verde e vermelho, por exemplo, só utilizam as folhas. Enquanto o vermelho sofre 80% de fermentação, o verde não sofre nenhuma. O banchá também não sofre fermentação, mas sua secagem é feita ao sol, enquanto a do chá verde exige vento quente e estufa.

Quanto aos efeitos, os cinco tipos têm em comum as ações antioxidante, diurética e tônica. Os tipos verde e preto também podem reduzir os riscos de derrame, inclusive os menores responsáveis pelo mal de Alzheimer. Em relação ao emagrecimento, o efeito da Camellia sinensis está ligado à aceleração do metabolismo, devido à presença de cafeína na composição. Os chás, não, podem, portanto, serem tomados sem recomendação médica. Quem sofre de problemas cardíacos, por exemplo, não pode tomá-los.


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Vai um chá aí?



A fitoterapia – ramo da medicina que trata por meio de ervas - também exige orientação médica

"É natural e não faz mal" é uma frase recorrente entre os que defendem o uso de medicamentos fitoterápicos sem acompanhamento médico, mas essa atitude já não é mais aceita.
“O dito popular ‘é natural e não faz mal’ não deve ser levado ao pé da letra, principalmente, para plantas medicinais”, explica o professor de Farmácia da Universidade do Sagrado Coração (USC), Fernando Neves. A preocupação do professor, compartilhada por autoridades médicas e farmacêuticas é a do uso indiscriminado desses produtos.
A estudante de 19 anos que preferiu não se identificar usa remédios fitoterápicos para tratamento da rinite há cerca de um ano. Ela, como muitos outros usuários dessa medicina alternativa, iniciou o tratamento sem indicação médica. “Até agora não fez mal”, afirma a estudante.
Camila Fernandes

Por ser a fitoterapia uma técnica de tratamento considerada natural, pela utilização das substâncias químicas das ervas, de forma a permitir ao paciente "reconhecê-las", ao contrário do que ocorre na produção dos medicamentos sintéticos, é comum pensar que o medicamento manipulado não tem efeitos colaterais, o que não é real.
O princípio ativo encontrado nas plantas tem uma faixa de ação. Abaixo dessa faixa; acima, pode ser tóxico. Assim, se ela for muito estreita, o controle que deve ser feito precisa ser ainda maior. Outra influência é a colheita das ervas. O produto, ao contrário do que se acredita, não se restringe às folhas de uma planta.
Ele precisa ser minuciosamente selecionado, já que o processo de plantio, crescimento e colheita, além de incluir fatores climáticos, que auxiliam em seu desenvolvimento, sofrem a “ação de animais, aves e, principalmente, insetos. A planta pode, portanto, conter algo indesejado.

Outra dúvida constante entre os que utilizam da fitoterapia, ou gostariam de utilizar, é sobre as formas de entrar em contato com o princípio ativo. As mais comuns são:
Infusão: Em que a água só entra em contato com as ervas depois de fervida, como a maioria dos chás;
Decocção: Processo no qual as ervas e a água vão juntas à fervura, como se pode fazer com a arruda para a lavagem de ferimentos;
Camila Fernandes

Tintura: Em que uma porção específica de ervas é deixada em maceração num determinado volume de álcool, como se faz com a calêndula, usada no tratamento de doenças na garganta;
Cápsulas: Extrato da erva que é armazenado seco em pequenas porções concentradas. Essa forma é usada em uma infinidade de tratamentos e ervas;
Pomadas: Servem para uso tópico, como a cânfora;
As formas adotadas não são exclusivas de certas espécies de chás. Pelo contrário, a grande maioria das folhas utiliza de mais de um tipo, conforme a função farmacológica que pretende desempenhar.


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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Redes sem fio na UNESP

Fórum discute padrões de wireless em todas as unidades da UNESP

A comodidade do acesso sem fio está prevista para chegar ao Campus de Bauru em pouco tempo. Já é possível contar com conexão wireless na Biblioteca, em alguns laboratórios, e na seção de Pós Graduação.

De acordo com Júnior Cesar Rosante, do STI (Serviço Técnico de Informática), esses pontos de acesso servem para “controlar o incêndio” enquanto uma rede wireless não é implementada em todo o campus.

Todas as unidades de Bauru, a Faculdade de Engenharia de Bauru (FEB), a Faculdade de Ciências (FC) e a Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (Faac), demonstraram o interesse por uma rede integrada. “A FC, por exemplo, está com essa iniciativa há cerca de dois anos”, afirma Rosante.

No final de abril, representantes de todas as unidades da UNESP se reuniram em um fórum em Bauru para tentar definir as bases necessárias para que haja conexão sem fio em todos os campi. “Discute-se um padrão único para toda a UNESP. Apesar de exigir uma tecnologia mais cara, facilitaria na manutenção, na solução de problemas, e até para os usuários. Um professor poderia acessar no Campus de Botucatu, com o mesmo login que acessa em Bauru”, explica Rosante.

Quanto ao uso que será feito, não há unanimidade entre os alunos. Luciana Fraga acha que os eles não carregariam peso só para acessar sites como Orkut e MSN. Larissa Maine considera a implementação da rede wireless positiva, e a vê como um avanço, um recurso a mais que poderia ser aproveitado em sala de aula. No entanto, ela crê que muitos alunos só utilizariam a conexão para entretenimento.

Camila Fernandes

Rosante explica, porém, que as mesmas restrições aplicadas nos laboratórios poderiam ser usadas na rede wireless. Alguns equipamentos permitem que haja uma diferenciação do cadastro entre, por exemplo, alunos da graduação e docentes, podendo, dessa forma, estabelecer um limite de acesso diferente para cada tipo de usuário. Isso dá a capacidade de restrição do uso da rede para fins didáticos.

Ainda não há uma data fixa para que comece a ser instalada a rede wireless por todo o campus. Rosante diz que antes da decisão por uma padronização total, já havia meios de instalar a conexão sem fio em cerca de dois meses, mas, dependendo da decisão do fórum, o padrão pode ser diferente do que seria adotado.

A padronização seria benéfica, e um fator de economia. Ganhar-se-ia em preço, pelo volume maior de equipamentos, e em força de trabalho, já que todos os STI estariam lidando com o mesmo tipo de material. “Uma série de decisões devem ser tomadas, tanto sobre o equipamento quanto sobre a tecnologia mais adequados, como o modo que essa instalação seria feita e a preparação do pessoal”, finaliza Rosante.


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Fios estão defasados. As conexões agora são wireless

As conexões sem fio estão dominando vários ambientes, mas ainda há insegurança quanto à radiação


Terminar de almoçar no shopping, ligar o notebook, verificar a programação do cinema, as ruas que enfrentam trânsito, garantir o jantar e ainda acessar o Orkut e o e-mail. Essa possibilidade já está se tornando corriqueira. A conexão wireless está presente em shopping, praças e parques. São os hotspots, locais que oferecem – cobrando ou não – rede sem fio para aqueles que querem acessar a rede longe de casa e do escritório.
Exemplos podem ser encontrados nos mais diversos lugares, como a Fonte do Sapo na orla de Santos, o shopping Boa Vista em São Paulo, e em Universidades, restaurantes, e cafés. No entanto, espera-se mais para o futuro.

www.santos.sp.gov.br
A Fonte do Sapo, em Santos, tem acesso wifi gratuito na orla desde janeiro

A cidade de Baltimore, nos EUA, já tem conexão total. O WiMAX já garante o acesso de qualquer ponto da cidade, inclusive através de celulares e notebooks, e por um preço mais baixo do que é pago para acessar a internet de todos esses pontos.
Depois de Baltimore, foi a vez de Portland, a maior cidade de Oregon, também nos EUA. As vantagens da tecnologia são visíveis. Pode-se acessar a internet de qualquer lugar sem a necessidade de fios e, em grandes proporções, a rede sem fio é bem mais econômica que a tradicional. Mas, como todas as inovações tecnológicas, essa ainda traz alguns empecilhos.
A velocidade e a estabilidade de uma conexão wireless como a doméstica dependem da qualidade do sinal recebido, que é influenciada pela quantidade e espessura das paredes existentes.
Junior César Rosante, Analista de Informática do Setor Técnico de Informática da UNESP Bauru, explica que um emissor de sinal doméstico, como o roteador, tem um alcance estimado em 100 metros.
No entanto, a qualidade da recepção é prejudicada por paredes, aquários e, principalmente, superfícies metálicas. “Dependendo do objeto, é capaz de cortar o sinal”, salienta. Ele destaca também que regiões próximas a elevadores são péssimas, pois, do mesmo modo que prejudicam o sinal de celulares, também atrapalham no sinal da conexão wireless.
Camila Fernandes
A conexão wireless permite o acesso à internet inclusive em áreas livres

Numa direção oposta seguem bibliotecas francesas, universidades canadenses, e muitas escolas britânicas. Redes wireless têm sido suspensas sob a alegação de que os riscos que ela pode causar à saúde ainda não foram descartados. De fato, apesar de uma pesquisa não ter apontado nenhum risco concreto, não se sabe o que acontece quando o tempo de exposição à radiação necessária para a conexão sem fio é maior que dez anos.
O cientista britânico Lawrie Challis, que há alguns anos defendeu que o uso do celular oferecia perigos, também acredita que as conexões wireless devem ser evitadas, especialmente por crianças.
O alerta é para que, se não for possível aboli-la, mantenha-se longe dos receptores e dos emissores de radiação. Contra essa visão pessimista estão os que apontam que a radiação wireless é a mesma emitida por micro-ondas e telefones sem fio, aparelhos com os quais estamos em contato há mais tempo sem que nenhum dano tenha sido comprovado.

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sexta-feira, 10 de abril de 2009

Ele não está tão a fim de você

O que você esperaria de uma reunião de situações clichês com personagens clichês com recursos clichês? Certamente "Ele não está tão a fim de você" não seria o tipo de filme que as pessoas, especialmente jovens casais, escolheriam. Mas apesar do final previsível, o filme vale por sua abordagem franca de situações corriqueiras muito presentes na vida de qualquer um que o estivesse assistindo. A história envolve nove personagens por volta dos 30 anos que tem muito em comum. Compartilham amigos, disputam amores, dividem apartamento e tem dúvidas que antes se restringia aos adolescentes. Ligar ou esperar que ele ligue? Continuar num relacionamento ruim ou partir pra outra?

O filme foi baseado no best-seller Ele simplesmente não está a fim de você (Editora Rocco) de Greg Behrendt e Liz Tuccillo, roteiristas do seriado Sex in The City. O livro desmistifica todas as coisas que as mulheres ouvem de mães, de amigas e de si mesmas para tentar justificar porque ele não liga ou não dá atenção. Se ele age dessa forma, as mulheres não precisam quebrar a cabeça com desculpas mirabolantes, o motivo seria simples: Ele não está a fim de você. Você pode conferir trechos do livro no site da Veja.

O Fantástico fez uma matéria especial sobre o assunto em 29 de março, que você pode conferir aqui.

Além disso, no site do programa há um teste para saber se ele está realmente interessado. Você pode acessar por aqui.

No filme, a visão do livro é dada por Alex - interpretado por Justin Long - que a sonhadora Gigi (Ginnifer Goodwin) conhece enquanto sofre por Connor (Kevin Connolly) não retornar as suas ligações. O elenco do filme é selecionado para agradar tanto ao púbico feminino como ao público masculino. Além dos sempre reconhecidos Ben Affleck, Jennifer Anniston e Scarlett Johansson, o filme também conta com Ginnifer Goodwin, que fez O Sorriso de Monalisa, Bradley Cooper, o Will da série Alias, Jeniffer Connely, de Uma mente brilhante, e Drew Barrymore, que sem dúvida merecia mais destaque, além de interpretar Mary, personagem envolvida em relacionamentos virtuais, Drew também é produtora executiva do longa.

O figurino do filme é de Shay Cunliffe, que também foi responsável por Minha mãe quer que eu case, Doce Novembro e Tudo que uma garota quer. Como em seus trabalhos anteriores, Shay não vai para o lado absurdo e exótico da moda. Não importa que estilo tenha, qualquer mulher se identifica com ao menos um dos guarda-roupas compostos por Shay. Anna, interpretada por Johansson, tem o estilo mais sensual do filme, marcado por vestidos bem femininos e decotes sutis. A personagem de Goodwin opta por cores mais escuras para compor seu visual romântico. As roupas de Mary são mais urbanas e práticas, as de Janine são sóbrias e as de Beth as mais fluídas.

O filme entrou em cartaz no circuito nacional em 27 de março.

Trailer do Filme:




Making of do filme exibido no Movie box do canal Telecine.

Matéria feita para o programa Estilo em claquete, da Rádio Unesp Virtual e para o blog do mesmo programa.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

E se o Tom fosse tímido?


Entrei na escola aos 3 anos e meio de idade, minhas atividades básicas na escola eram pintar, desenhar e colar, e certamente por isso, era chamada de parquinho pela minha família. No primeiro dia de aula, como custuma ser, eu chorei muito por estar sendo abandonada naquele lugar. Mas depois me acostumei.
No entanto, o costume não levou minha timidez embora, e minha avó, que mora a uma quadra e nove andares acima do parquinho lembra até hoje de me ver sozinha no balanço do playground. Eu era a criança mais tímida da face da terra, ou pelo menos da escola.
Eu mudei de escola três vezes (por motivos não relacionados a timidez), e por três vezes fui tímida. Mas com o passar do tempo, com as mudanças, e com algumas leituras e conselhos sobre o tema, eu comecei a perceber que não havia motivo para timidez. Eu tinha minha personalidade, meu jeito, minhas preferências, e as pessoas que lidassem comigo teriam que lidar com isso.
Eu podia escolher ser uma pessoa fantasma por toda minha vida escolar (e só Deus sabe como seria depois). Seriam mais de 13 anos de silêncio e invisibilidade. Não haveria nada a temer, certo? Não, eu teria que lidar com o fato de ser quem não sou.
Ser tímido ou extrovertido fazem parte das definições de personalidade de cada pessoa. Mas passar o recreio sozinha no balanço superava os limites da timidez.
Não consigo imaginar como seria o mundo se certas pessoas fossem tímidas. Não haveria McFLY se o Tom fosse tímido demais para tentar uma chance no Busted, ou se ele tivesse se tornado tímido depois de ter essa chance negada. Nem haveria McFLY se o Danny não tivesse ido ao teste para a V, uma boyband que dispensava o violão que ele levara para o teste. E, oh, o McFLY não teria Dougie e Harry, se eles tivessem deixado se levar pela timidez ao saber que precisavam de um baixista e um baterista para uma nova banda. Alguém pode imaginar como seria se eles tivessem formado a banda e permitissem que a timidez os dominasse na hora de conversar com os parceiros? Eu não consigo. Nem consigo visualizar como seria o mundo hoje, se J. K. Rowling fosse tímida na hora de pedir as editoras que publicassem Harry Potter. Ela seria alguns milhões (ou bilhões?) mais pobre, e alguns milhões de adolescentes leriam menos. O que seria então, se Brad Pitt fosse tímido? Ou se o pai do Robert Pattinson fosse tímido demais para chegar na mãe do Robert? Isso pra me ater só à cultura pop.
A timidez, após certo nível, impede o risco. E o risco, apesar de conter um teor de perigo em seu sentido, contém também o sucesso.
Alguém da minha família, (desculpe, mas não lembro quem) me ensinou a pensar da seguinte forma diante de algumas situações: O "não" você já tem, agora batalhe pelo sim.
Hoje sou levemente tímida com situações desconhecidas e imprevisíveis, e com pessoas que eu absolutamente não conheço. Por outro lado, sou super extrovertida quando estou entre amigos e família.
A timidez me fez desenvolver a concentração e a escrita, que ainda é meu meio de comunicação favorito.
A garotinha do balanço não conceberia a idéia de conversar pela internet com pessoas das mais variadas partes do Brasil (ou do mundo), ela não entenderia como seria compartilhar sua vida com pessoas que conheceu pela internet e só viu uma única vez.
A garotinha do balanço não seria capaz de dizer sim a uma mudança drástica, e nem seria capaz de imaginar-se vivendo a 400 km de casa.

Post feito para o Santos:ACTIVE.
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