sexta-feira, 1 de maio de 2009

Fios estão defasados. As conexões agora são wireless

As conexões sem fio estão dominando vários ambientes, mas ainda há insegurança quanto à radiação


Terminar de almoçar no shopping, ligar o notebook, verificar a programação do cinema, as ruas que enfrentam trânsito, garantir o jantar e ainda acessar o Orkut e o e-mail. Essa possibilidade já está se tornando corriqueira. A conexão wireless está presente em shopping, praças e parques. São os hotspots, locais que oferecem – cobrando ou não – rede sem fio para aqueles que querem acessar a rede longe de casa e do escritório.
Exemplos podem ser encontrados nos mais diversos lugares, como a Fonte do Sapo na orla de Santos, o shopping Boa Vista em São Paulo, e em Universidades, restaurantes, e cafés. No entanto, espera-se mais para o futuro.

www.santos.sp.gov.br
A Fonte do Sapo, em Santos, tem acesso wifi gratuito na orla desde janeiro

A cidade de Baltimore, nos EUA, já tem conexão total. O WiMAX já garante o acesso de qualquer ponto da cidade, inclusive através de celulares e notebooks, e por um preço mais baixo do que é pago para acessar a internet de todos esses pontos.
Depois de Baltimore, foi a vez de Portland, a maior cidade de Oregon, também nos EUA. As vantagens da tecnologia são visíveis. Pode-se acessar a internet de qualquer lugar sem a necessidade de fios e, em grandes proporções, a rede sem fio é bem mais econômica que a tradicional. Mas, como todas as inovações tecnológicas, essa ainda traz alguns empecilhos.
A velocidade e a estabilidade de uma conexão wireless como a doméstica dependem da qualidade do sinal recebido, que é influenciada pela quantidade e espessura das paredes existentes.
Junior César Rosante, Analista de Informática do Setor Técnico de Informática da UNESP Bauru, explica que um emissor de sinal doméstico, como o roteador, tem um alcance estimado em 100 metros.
No entanto, a qualidade da recepção é prejudicada por paredes, aquários e, principalmente, superfícies metálicas. “Dependendo do objeto, é capaz de cortar o sinal”, salienta. Ele destaca também que regiões próximas a elevadores são péssimas, pois, do mesmo modo que prejudicam o sinal de celulares, também atrapalham no sinal da conexão wireless.
Camila Fernandes
A conexão wireless permite o acesso à internet inclusive em áreas livres

Numa direção oposta seguem bibliotecas francesas, universidades canadenses, e muitas escolas britânicas. Redes wireless têm sido suspensas sob a alegação de que os riscos que ela pode causar à saúde ainda não foram descartados. De fato, apesar de uma pesquisa não ter apontado nenhum risco concreto, não se sabe o que acontece quando o tempo de exposição à radiação necessária para a conexão sem fio é maior que dez anos.
O cientista britânico Lawrie Challis, que há alguns anos defendeu que o uso do celular oferecia perigos, também acredita que as conexões wireless devem ser evitadas, especialmente por crianças.
O alerta é para que, se não for possível aboli-la, mantenha-se longe dos receptores e dos emissores de radiação. Contra essa visão pessimista estão os que apontam que a radiação wireless é a mesma emitida por micro-ondas e telefones sem fio, aparelhos com os quais estamos em contato há mais tempo sem que nenhum dano tenha sido comprovado.

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