“Tanta informação e material são impossíveis de caber num CD por questões de espaço”, defende Cutrim.
Os discos de vinil protagonizam uma ascensão recente e uma expressão disso é a recorrência do tema nos meios de comunicação, além de mais artistas lançando seus álbuns em vinil e comunidades do site de relacionamentos Orkut com tópicos freqüentes e membros que nasceram depois do CD. O site da MTV, por exemplo, lançou um blog dedicado aos “bolachões”, o Viva o Vinil, que traz, além de postagens do jornalista Daniel Vaughan, curiosidades sobre o vinil, colecionadores, e endereços de sebos em que se pode encontrar discos e vinil.
Márcio Moraes, proprietário da ArtRock, loja de discos da Galeria Nova Barão, no Centro de São Paulo, observa um crescimento na busca por discos de vinil, mas destaca que isso não ocorre em todos os gêneros, os lançamentos concentram-se nos discos de Rock e MPB. “Na Europa e Estados Unidos isso é muito comum. Qualquer banda lança”. Além da Europa e dos Estados Unidos, o Japão é outro país que não fez como o Brasil, que trocou os LPs pelos CDs. Nesses países, a fabricação de discos de vinil, e os lançamentos deles junto com os CDs é comum. Como o vinil conquista tantos adeptos na era do mp3?
Acervo de Joaquim Cutrim
Joaquim Cutrim é um dos fanáticos por vinis e pesquisa o assunto há cinco anos
O colecionador de discos Joaquim Cutrim explica que os discos de vinil unem vários atrativos artísticos além da qualidade sonora. Os discos de vinil podem trazer fotografias do artista, na capa, ou a parte, arte gráfica na capa, ou no próprio disco, e até literatura, quando declarações, críticas, informações culturais, e a história do artista estão presentes. “Tanta informação e material são impossíveis de caber num CD por questões de espaço”.
Ele defende que a qualidade da música gravada no vinil é superior a do CD por ser analógica, assim como a percepção do ouvido humano. “O som que é registrado mecanicamente em forma de sulcos dentro de um LP é exatamente o espelho do som real tocado pela banda no momento da gravação”. Joaquim conta que quando o CD surgiu, ele acreditava que sua qualidade seria superior à do Vinil, “tanto que desfiz-me de 60% da minha coleção”, comenta. Ao notar os defeitos do CD, ele sentiu-se traído, e criou o blog Vinil na Veia para defender as vantagens dos vinis.
Clique aqui para conferir essa matéria no site da Livrevista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário