quarta-feira, 10 de junho de 2009

Vai um chá aí?



A fitoterapia – ramo da medicina que trata por meio de ervas - também exige orientação médica

"É natural e não faz mal" é uma frase recorrente entre os que defendem o uso de medicamentos fitoterápicos sem acompanhamento médico, mas essa atitude já não é mais aceita.
“O dito popular ‘é natural e não faz mal’ não deve ser levado ao pé da letra, principalmente, para plantas medicinais”, explica o professor de Farmácia da Universidade do Sagrado Coração (USC), Fernando Neves. A preocupação do professor, compartilhada por autoridades médicas e farmacêuticas é a do uso indiscriminado desses produtos.
A estudante de 19 anos que preferiu não se identificar usa remédios fitoterápicos para tratamento da rinite há cerca de um ano. Ela, como muitos outros usuários dessa medicina alternativa, iniciou o tratamento sem indicação médica. “Até agora não fez mal”, afirma a estudante.
Camila Fernandes

Por ser a fitoterapia uma técnica de tratamento considerada natural, pela utilização das substâncias químicas das ervas, de forma a permitir ao paciente "reconhecê-las", ao contrário do que ocorre na produção dos medicamentos sintéticos, é comum pensar que o medicamento manipulado não tem efeitos colaterais, o que não é real.
O princípio ativo encontrado nas plantas tem uma faixa de ação. Abaixo dessa faixa; acima, pode ser tóxico. Assim, se ela for muito estreita, o controle que deve ser feito precisa ser ainda maior. Outra influência é a colheita das ervas. O produto, ao contrário do que se acredita, não se restringe às folhas de uma planta.
Ele precisa ser minuciosamente selecionado, já que o processo de plantio, crescimento e colheita, além de incluir fatores climáticos, que auxiliam em seu desenvolvimento, sofrem a “ação de animais, aves e, principalmente, insetos. A planta pode, portanto, conter algo indesejado.

Outra dúvida constante entre os que utilizam da fitoterapia, ou gostariam de utilizar, é sobre as formas de entrar em contato com o princípio ativo. As mais comuns são:
Infusão: Em que a água só entra em contato com as ervas depois de fervida, como a maioria dos chás;
Decocção: Processo no qual as ervas e a água vão juntas à fervura, como se pode fazer com a arruda para a lavagem de ferimentos;
Camila Fernandes

Tintura: Em que uma porção específica de ervas é deixada em maceração num determinado volume de álcool, como se faz com a calêndula, usada no tratamento de doenças na garganta;
Cápsulas: Extrato da erva que é armazenado seco em pequenas porções concentradas. Essa forma é usada em uma infinidade de tratamentos e ervas;
Pomadas: Servem para uso tópico, como a cânfora;
As formas adotadas não são exclusivas de certas espécies de chás. Pelo contrário, a grande maioria das folhas utiliza de mais de um tipo, conforme a função farmacológica que pretende desempenhar.


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