sexta-feira, 9 de abril de 2010

Papel de Relações Públicas em Políticas Públicas é tema de ABRAPCORP

Na segunda quinzena de maio, o  congresso do IV Congresso Brasileiro Científico de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas - Abrapcorp 2010 terá como tema central "Comunicação Pública: interesses públicos e privados”. O assunto do congresso estimula ainda mais a curiosidade de quem não sabe o que são políticas públicas e de quem ainda tem algumas dúvidas em relação ao assunto.
O professor da Unesp Danilo Rothberg, doutorado em sociologia da comunicação, explica que políticas públicas são ações executadas, em geral, pelo poder público, “para atender a demandas sociais, econômicas e política.”
A professora Dalva Aleixo Dias destaca que, idealmente, as políticas públicas não são definidas exclusivamente pelo governo, mas deve ouvir as necessidades de todos os segmentos envolvidos.
O professor Jefferson Goulart conta que o conceito de políticas públicas sofreu influências da “ciência política no sentido de pretender examinar o
Estado para além de sua abstração institucional.”
De acordo com Dalva, nesse processo ideal, que já acontece no Brasil e no mundo, apesar de ainda não ter conquistado a absoluta popularidade, representantes dos segmentos da sociedade expõem seus interesses, e há uma articulação praticada pelo facilitador, que pode ser o governo ou um profissional de comunicação. “Hoje está se procurando muito um especialista em políticas publicas, ele vai  descobrir onde é o espaço público, onde é o espaço de confluência de discussões sobre aquela área, quais são os atores sociais, quem fala em nome de quem, dar voz a esses atores sociais, e negociar seus interesses.” O consenso que for gerado é implementado como política pública.
“Não formamos RP para estar de um lado ou de outro, formamos articuladores de interesses.”  Ela destaca que o profissional pode estar trabalhando com uma ONG ou com uma empresa, mas ser capaz de integrar os interesses de todas as partes. A professora também numera as características essenciais de um profissional da área. “Para formular  políticas públicas, é essencial que o profissional entenda de comunicação pública, de técnicas de negociação, de comunicação intercultural, de administração de conflitos, e às vezes, até de gestão de crise.” O professor Rothberg explica que papel do RP no processo de formulação cresce por causa da exigência democrática de inclusão do cidadão no processo. “Os governos têm percebido a necessidade de realizar ações com planejamento e adequação de recursos, e desta forma ações isoladas, sem critério adequado, têm sido evitadas.”
A comunicação realizada nas políticas públicas é diferente da usada em comunicação governamental, por exemplo, “já se pensa numa comunicação mais negociada, mais horizontal, no modelo de duas mãos, em que o emissor também é receptor, e o receptor também é emissor”, explica a professora Dalva. A professora também destaca a necessidade de profissionais habilitados. “É uma área que mal começa a se delinear. É uma demanda crescente, você percebe que vão precisar de muitos profissionais de políticas públicas. E o curso de rp está discutindo comunicação pública como deve ser, comunicação de interesse público.”
Um dos momentos de discussão para os alunos de relações públicas será o ABRAPCORP que se focará no tema. Para informações e inscrições, consulte através do fone 11-3091-2949 ou ainda nos canais digitais: www.abrapcorp.org.br, www.twitter.com/abrapcorp e abrapcorp@abrapcorp.org.br .

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