A maior coleção de discos do mundo, que apresenta 3 milhões de LPs e 300 mil compactos, incluindo um disco fabricado em 1881, está a venda. Por enquanto o dono dessa coleção é o americano Paul Mawhinney e antes que alguém decida pagar alguns milhões de dólares pela coleção, o diretor de cinema Sean Dunne gravou um documentário em curta-metragem sobre a coleção de Mawhinney chamado The Archive. Paul Mawhinney não encontrou um comprador, apesar do preço de venda estar abaixo do valor que a coleção teria.
Arquivo de César Guisser
Disco "Não fale com as paredes" da banda Módulo 1000, um dos mais raros aqui no Brasil
No site dedicado a coleção, são apresentadas as principais características da coleção, além de haver uma explicação sobre a venda. Uma seção do site é dedicada a explicar a importância da coleção, que é comparada a documentos históricos, além de defender a superioridade da preservação material sobre a preservação digital. No encerramento da importância da coleção, é dito: “Se você começasse a ouvir as músicas dessa coleção no momento em que você nasceu, e ouvisse em todo minute de cada dia, no momemento em que você terminasse, você teria 57 anos de idade. É muita música. E é muita história.”
Quem não pode comprar essa coleção, tem seus tesouros ou desejos. Edições limitadas ou muito antigas acabam tornando alguns discos verdadeiras preciosidades. O colecionador Cesar Guisser tem o disco “Não fale com as paredes” da banda Módulo 1000, e gostaria de encontrar, entre outros, “Louco por Você”, o primeiro do Roberto Carlos, "Paêbirú" de Zé Ramalho e Lula Côrtes, e Yesterday and Today, dos Beatles, apelidado de Butcher por causa da capa com que foi lançado em que eles apareciam com bonecas sem cabeça e pedaços de carne. O colecionador Pedro Provazzi, que também gostaria de ter “Louco por você”, já o encontrou a venda por R$2500,00.
O “Butcher” e “Paêbirú” são apontados por Carlos Suarez, proprietário da loja Big Papa, no centro de São Paulo, como muito raros, “as perolas que o colecionador daria qualquer coisa pra ter em seu acervo”. “Paêbiru” também foi citado por Márcio Moraes, dono da ArtRock, como um dos lps “que são raros e caríssimos em todos os lugares”. Uma possível explicação para a raridade desses LPs é a pouca quantidade de cópias existentes. A versão de “Yesterday e Today” com a capa sangrenta foi vetada pouco depois de lançada, e 1200 cópias de Paêbirú foram atingias por uma enchente assim como a fita máster. Paêbiru foi relançado em CD e LP na Europa, mas não no Brasil, cada uma das 300 cópias que sobraram são avaliadas em R$4000.
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