sexta-feira, 1 de maio de 2009

Redes sem fio na UNESP

Fórum discute padrões de wireless em todas as unidades da UNESP

A comodidade do acesso sem fio está prevista para chegar ao Campus de Bauru em pouco tempo. Já é possível contar com conexão wireless na Biblioteca, em alguns laboratórios, e na seção de Pós Graduação.

De acordo com Júnior Cesar Rosante, do STI (Serviço Técnico de Informática), esses pontos de acesso servem para “controlar o incêndio” enquanto uma rede wireless não é implementada em todo o campus.

Todas as unidades de Bauru, a Faculdade de Engenharia de Bauru (FEB), a Faculdade de Ciências (FC) e a Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (Faac), demonstraram o interesse por uma rede integrada. “A FC, por exemplo, está com essa iniciativa há cerca de dois anos”, afirma Rosante.

No final de abril, representantes de todas as unidades da UNESP se reuniram em um fórum em Bauru para tentar definir as bases necessárias para que haja conexão sem fio em todos os campi. “Discute-se um padrão único para toda a UNESP. Apesar de exigir uma tecnologia mais cara, facilitaria na manutenção, na solução de problemas, e até para os usuários. Um professor poderia acessar no Campus de Botucatu, com o mesmo login que acessa em Bauru”, explica Rosante.

Quanto ao uso que será feito, não há unanimidade entre os alunos. Luciana Fraga acha que os eles não carregariam peso só para acessar sites como Orkut e MSN. Larissa Maine considera a implementação da rede wireless positiva, e a vê como um avanço, um recurso a mais que poderia ser aproveitado em sala de aula. No entanto, ela crê que muitos alunos só utilizariam a conexão para entretenimento.

Camila Fernandes

Rosante explica, porém, que as mesmas restrições aplicadas nos laboratórios poderiam ser usadas na rede wireless. Alguns equipamentos permitem que haja uma diferenciação do cadastro entre, por exemplo, alunos da graduação e docentes, podendo, dessa forma, estabelecer um limite de acesso diferente para cada tipo de usuário. Isso dá a capacidade de restrição do uso da rede para fins didáticos.

Ainda não há uma data fixa para que comece a ser instalada a rede wireless por todo o campus. Rosante diz que antes da decisão por uma padronização total, já havia meios de instalar a conexão sem fio em cerca de dois meses, mas, dependendo da decisão do fórum, o padrão pode ser diferente do que seria adotado.

A padronização seria benéfica, e um fator de economia. Ganhar-se-ia em preço, pelo volume maior de equipamentos, e em força de trabalho, já que todos os STI estariam lidando com o mesmo tipo de material. “Uma série de decisões devem ser tomadas, tanto sobre o equipamento quanto sobre a tecnologia mais adequados, como o modo que essa instalação seria feita e a preparação do pessoal”, finaliza Rosante.


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Fios estão defasados. As conexões agora são wireless

As conexões sem fio estão dominando vários ambientes, mas ainda há insegurança quanto à radiação


Terminar de almoçar no shopping, ligar o notebook, verificar a programação do cinema, as ruas que enfrentam trânsito, garantir o jantar e ainda acessar o Orkut e o e-mail. Essa possibilidade já está se tornando corriqueira. A conexão wireless está presente em shopping, praças e parques. São os hotspots, locais que oferecem – cobrando ou não – rede sem fio para aqueles que querem acessar a rede longe de casa e do escritório.
Exemplos podem ser encontrados nos mais diversos lugares, como a Fonte do Sapo na orla de Santos, o shopping Boa Vista em São Paulo, e em Universidades, restaurantes, e cafés. No entanto, espera-se mais para o futuro.

www.santos.sp.gov.br
A Fonte do Sapo, em Santos, tem acesso wifi gratuito na orla desde janeiro

A cidade de Baltimore, nos EUA, já tem conexão total. O WiMAX já garante o acesso de qualquer ponto da cidade, inclusive através de celulares e notebooks, e por um preço mais baixo do que é pago para acessar a internet de todos esses pontos.
Depois de Baltimore, foi a vez de Portland, a maior cidade de Oregon, também nos EUA. As vantagens da tecnologia são visíveis. Pode-se acessar a internet de qualquer lugar sem a necessidade de fios e, em grandes proporções, a rede sem fio é bem mais econômica que a tradicional. Mas, como todas as inovações tecnológicas, essa ainda traz alguns empecilhos.
A velocidade e a estabilidade de uma conexão wireless como a doméstica dependem da qualidade do sinal recebido, que é influenciada pela quantidade e espessura das paredes existentes.
Junior César Rosante, Analista de Informática do Setor Técnico de Informática da UNESP Bauru, explica que um emissor de sinal doméstico, como o roteador, tem um alcance estimado em 100 metros.
No entanto, a qualidade da recepção é prejudicada por paredes, aquários e, principalmente, superfícies metálicas. “Dependendo do objeto, é capaz de cortar o sinal”, salienta. Ele destaca também que regiões próximas a elevadores são péssimas, pois, do mesmo modo que prejudicam o sinal de celulares, também atrapalham no sinal da conexão wireless.
Camila Fernandes
A conexão wireless permite o acesso à internet inclusive em áreas livres

Numa direção oposta seguem bibliotecas francesas, universidades canadenses, e muitas escolas britânicas. Redes wireless têm sido suspensas sob a alegação de que os riscos que ela pode causar à saúde ainda não foram descartados. De fato, apesar de uma pesquisa não ter apontado nenhum risco concreto, não se sabe o que acontece quando o tempo de exposição à radiação necessária para a conexão sem fio é maior que dez anos.
O cientista britânico Lawrie Challis, que há alguns anos defendeu que o uso do celular oferecia perigos, também acredita que as conexões wireless devem ser evitadas, especialmente por crianças.
O alerta é para que, se não for possível aboli-la, mantenha-se longe dos receptores e dos emissores de radiação. Contra essa visão pessimista estão os que apontam que a radiação wireless é a mesma emitida por micro-ondas e telefones sem fio, aparelhos com os quais estamos em contato há mais tempo sem que nenhum dano tenha sido comprovado.

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